23 fevereiro 2008

"PORTO"


Olá a todos
A história animada/desenhada "PORTO" em Língua Gestual Portuguesa (LGP) para crianças SURDAS,criada,escrita,ilustrada,desenhada e realizada pelo Prof. FRANCISCO GOULÃO (Surdo/Deaf) - Portugal.
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Abraços a todos
Francisco Goulão
(Surdo e Professor de Surdos)

22 fevereiro 2008

"LEI EXCLUI 90% DOS ALUNOS"

DIÁRIO DE NOTÍCIAS

SOCIEDADE

22/2/2008

"Lei exclui 90% dos alunos"


PEDRO SOUSA TAVARES
Entrevista. No dia em que as alterações no ensino especial chegam ao Parlamento, Miranda Correia, um dos maiores especialistas nacionais do sector, diz ao DN que houve precipitação da tutela e que só uma minoria das necessidades educativas é abrangida

"Lei exclui 90% dos alunos"
Em 2005, enviou ao Governo um relatório apontando a existência de 75 mil alunos com necessidades educativas permanentes sem assistência. Como chegou a esses números?

Em Portugal não há estudos de prevalência que nos dêem estimativas fiáveis dos alunos com necessidades educativas especiais. Guiamo-nos sobretudo por estudos feitos por autores estrangeiros. Países como o Canadá e o Reino Unido apontam para prevalências de 10% a 12%. Tendo em conta a nossa população de cerca de 1,5 milhões de alunos podemos falar em150 mil alunos com necessidades educativas, dos quais pelo menos 100 mil são permanentes. Já me ofereci para fazer um estudo de prevalência nacional, nas escolas, mas o Ministério não respondeu.

Não estamos a falar de alunos com deficiências físicas ou psíquicas. Que tipo de necessidades estão em causa em concreto?

Estas necessidades abrangem muitas problemáticas. A mais prevalente diz respeito às dificuldades de aprendizagem específicas. É um 'guarda--chuva' que engloba várias desordens: as dislexias, as disgrafias, as discalculias, as dispraxias...

O Ministério da Educação disse que muitos alunos que as escolas incluiam no ensino especial não tinham dificuldades de aprendizagem permanentes.Terá negligenciado casos como os que referiu?

Há uma confusão muito grande neste País em relação ao que são problemas de aprendizagem e dificuldades de aprendizagem específicas. Estes alunos existem. Não são inventados. Se os sujeitarmos a exames como imagiologias por ressonância magnética pode não acusar nada, mas vêem-se diferenças claras em relação aos alunos normais. Essas desordens provocam problemas no processamento de informação, que se reflectem, em termos académicos, nas áreas da leitura, escrita, cálculo e muitas vezes do próprio ajustamento social. Se calhar, muitas pessoas que vemos na rua a arrumar carros foram estudantes destes, que o sistema não acompanhou. São inteligentes, muitas vezes acima da média, mas não percebem porque os colegas conseguem ler e eles não. E isso nem o professor de apoio nem o professor de turma resolvem.

Partindo do princípio de que não considera benéfico, nem para estes alunos nem para os que têm deficiências permanentes, integrá-los no mesmo acompanhamento, qual é a alternativa para esses casos?

Existe um modelo que eu próprio propus há 15 anos. Permite dar apoio a alunos em risco educacional (famílias desfavorecidas, gravidez na adolescência), alunos com necessidades educativas permanentes e até a alunos sobredotados. Não se trata de ter serviços na escola, mas de levar os diferentes especialistas à escola em função dos casos. Já há um agrupamento no Norte a usá-lo, com bons resultados. Há dias, o secretário de Estado da Educação [Valter Lemos] disse que o ensino especial usa um modelo apoiado na CIF [Classificação Internacional de Funcionalidade]. Mas a CIF não é um modelo. É uma lista de verificação, que muitos consideram inadequada para a Educação. E que ainda por cima confunde os professores nas escolas. Imagine que tem um aluno com dificuldades de aprendizagem severas. Para o diferenciarmos de um aluno com deficiência mental temos de procurar saber o seu coeficiente de inteligência. Não é a CIF que vai fazer isso. É um psicólogo que vai avaliar. Um professor que preencha essa lista está a praticar um acto anti-ético. Como é que ele vai graduar, por exemplo, funções intelectuais?

É com base na CIF que o decreto-lei 3/2008 identifica os alunos elegíveis para apoios especializados. Alunos surdos, cegos...

...E o que podemos dizer é que a lei exclui cerca de 90% dos alunos com necessidades educativas permanentes. Os casos previstos para apoio especializado são cerca de 4000 no País: alunos cegos, surdos, com perturbações do espectro do autismo e mulitideficiência. É óbvio que devem ser alvo de educação especial. Como os outros.

Mesmo em relação a essa minoria que cita, o anúncio da transferência de muitos alunos de escolas especializadas para a rede pública - o que o Ministério chamou de 'escola inclusiva' - tem gerado muita apreensão, sobretudo nos pais. Como avalia a medida?

Defendo a inclusão a 100%. Mas estou aqui como professor e investigador. E nessa condição diria que só será uma boa ideia quando as escolas tiverem a atitude, os conhecimentos e os recursos para poderem incluir a maioria dos alunos com necessidades educativas especiais. Houve uma precipitação muito grande no que diz respeito à publicação desta lei, e um orgulho, por parte do Ministério da Educação, que o levou a não ouvir ninguém a não ser os "seus" peritos.|

21 fevereiro 2008

Comentário 54

Anónimo Anónimo disse...

Visitei o seu blog e fiquei muito estarrecida com a sua luta em favor daqueles que ainda não são reconhecidos como cidadãos. Quero te parabenizar pela sua iniciativa em inclui-los essas pessoas na sociedade injusta. Mais tenho certeza que o seutrabalho alcançarão aquele que precisam de urgência e continue fazemdo o bem logo logo Deus te recompensará..
um abraço pra vc e fique firme nesta causa!!
Sou Professora em Palmas/TO-Brasil, sou ouvinte e amo os surdos e gosto de ajuda-los..
ass. Profª. Elisvene Costa de Barros

21 Fevereiro, 2008 13:56

16 fevereiro 2008

DEFESA DE ESPINHO - SURDOS desenham CARNAVAL

DEFESA DE ESPINHO


Nº 3959


14/2/2008


O ESPINHENSE FRANCISCO GOULÃO COORDENA UM CENTRO EDUCATIVO E FORMATIVO PARA SURDOS, NO PORTO. EIS O CONTRIBUTO DOS SEUS ALUNOS NESTA QUADRA CARNAVALESCA!

LEI DO ENSINO ESPECIAL SERÁ ANALISADA NA AR

DIÁRIO DE NOTÍCIAS

16/2/2008


Lei do ensino especial será reanalisada na AR


CARLA AGUIAR
Oposição forçou reestudo da lei que mudou os apoios ao ensino especial A reforma do sistema de ensino especial foi ontem atacada no Parlamento por todos os partidos da Oposição, com o PCP a pedir mesmo a revogação da nova lei, que redefine os apoios às crianças com necessidades educativas especiais. Face às propostas de alteração apresentadas pelo PSD e pelo CDS/PP, a lei, que entrou em vigor a 7 de Janeiro - e que tem motivado protestos de vários sectores - , vai voltar a ser discutida na especialidade, na oitava comissão da Assembleia da República.

Os partidos, que pediram a apreciação parlamentar do decreto-lei 3/2008, acusam o Governo de desinvestir no ensino especial e de colocar fora do sistema de apoios especializados milhares de crianças com deficiência. Em causa está o facto de se fazer uma interpretação bastante mais restritiva do tipo de deficiências que devem ser encaminhadas para as escolas de ensino especial. Em consequência, as crianças que não encaixem no novo perfil devem ser integradas no ensino regular, frequentando as mesmas aulas que outras, com um apoio paralelo, prestado por professores especializados alocados a essas escolas.

Pelo PSD - que para além de alterações, propôs o adiamento da entrada em vigor da lei para o próximo ano lectivo -, a deputada Helena Lopes da Costa considerou que as mudanças introduzidas pelo Executivo no ensino especial são "uma das medidas mais negras deste Governo", por deixarem de fora alunos com dislexia, dificuldades de aprendizagem específica, alunos com problemas de linguagem e fala ou alunos com deficiência mental moderada ou ligeira.

Propondo 16 alterações, o deputado do CDS-PP, José Paulo Carvalho, referiu, em declarações ao DN, ser "incrível que o Governo tenha feito uma lei em que parece não ter ouvido ninguém, pois vai justamente no sentido contrário da opinião de todos os especialistas na matéria que ouvimos numa audição parlamentar em Julho de 2007". O PP começa por pedir a redifinição do conceito de necessidades educativas especiais, por ser demasiado restritivo. Os pais, reunidos da Plataforma dos Pais pelo Ensino Especial, vão continuar a lutar pela alteração da lei, disse ao DN Fernando Magalhães.

EDUCAÇÃO ESPECIAL: "90% DAS DIFICULDADES ESTÃO À MARGEM"

fonte educare
Educação especial: "90% das dificuldades estão à margem"
Teresa Sousa| 2008-02-15

Pais, professores e investigadores temem que as mudanças previstas na ensino
especial deixem de fora todo um conjunto de crianças cujas dificuldades de
aprendizagem não foram tipificadas segundo a actual legislação.

O Parlamento discute hoje o novo enquadramento legislativo para a educação
especial, no meio de uma encruzilhada de opiniões contestatárias e medidas
no terreno. Ninguém se atreve a pôr em causa o ideal da escola inclusiva,
mas pais, professores e especialistas manifestam expressivas reservas ao
Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro, enquanto o Ministério da Educação
se desdobra em acções para pôr em prática o seu modelo de integração.

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, assinou ontem um
protocolo de colaboração entre a tutela e sete federações associadas ao
ensino especial. A formalização do acordo é uma de outras acções que se
espera venham a ser tomadas para concretizar os objectivos do Governo para o
ensino especial. A saber: integrar, até 2013, no ensino regular 1300 alunos
que frequentam actualmente escolas especializadas. Além deste protocolo, a
ministra assinou um outro, relativo à formação de professores. De acordo com
o previsto no documento, durante este ano lectivo, 1500 docentes receberão
50 horas de formação na área do ensino especial.

O entusiasmo do Governo com estas mudanças - a ministra chegou mesmo a
afirmar sentir-se envergonhada, enquanto cidadã, com o estado do ensino
especial no
país - contrasta com as incertezas dos diversos parceiros sociais. A começar
por dois especialistas, ouvidos pelo EDUCARE.PT. Tanto David Rodrigues,
professor na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de
Lisboa, como Luís Miranda Correia, professor no Instituto de Estudos da
Criança da Universidade do Minho, opõem-se ao método utilizado pelo
Ministério para classificar e identificar crianças com necessidades
educativas especiais.

Na opinião de Miranda Correia, no método CIF (Classificação Internacional de
Funcionalidade)

, "a escala de avaliação é altamente subjectiva, não tem
qualquer rigor". De resto, como argumenta, "trata-se de uma classificação
para adultos e não para crianças". As mesmas críticas são esgrimidas por
David Rodrigues, que acrescenta: "A elegibilidade, tal como é apanágio da
CIF, deixa de fora muitos alunos com dificuldades".

A mancha mais ou menos desconhecida de crianças com necessidades educativas
que, não obstante, permanecem sem apoios específicos, é aliás uma
preocupação que se repete de voz para voz, de opinião para opinião.

Raquel Ferreira, da direcção do Agrupamento de Escolas de Vouzela, é um dos
ecos desta incerteza. "O que vai acontecer aos alunos que estavam ao abrigo
do 319 [anterior
decreto-lei]? Estas são dúvidas ainda por esclarecer", declarou ao
EDUCARE.PT. No mesmo sentido vai Fernando Magalhães, pai de uma criança com
necessidades educativas especiais e membro da Plataforma de Pais Pelo Ensino
Especial, formada na sequência da publicação do n.º 3/08. "Há um conjunto
enorme de alunos que vão ficar excluídos da tipificação da CIF", afirmou. Ou
seja, "vão ser identificadas como crianças normais, sem necessidade de
apoios".

De acordo com os dados do Ministério da Educação, há no ensino regular 49
mil alunos com necessidades educativas especiais, sendo que o objectivo é
acrescentar, a este número, 1300 alunos matriculados em escolas de ensino
especial. Também aqui as opiniões são diversas. "Há estudos de prevalência a
nível internacional que apontam para uma percentagem de 8% a 12% de crianças
com necessidades educativas especiais permanentes", diz o investigador da
Universidade do Minho. O que significa que, em Portugal, haverá "75 mil
alunos com dificuldades de aprendizagem severas".

O actual enquadramento legal prevê a criação, por despacho ministerial, de
escolas de referência para a educação bilingue de alunos surdos, cegos e com
baixa visão. O ponto 3 do artigo 4.º do decreto-lei refere ainda que, "para
apoiar a adequação do processo de ensino e de aprendizagem, podem as escolas
ou agrupamentos de escolas desenvolver respostas específicas diferenciadas
para alunos com perturbações do espectro do autismo e com multideficiência".
Assim, serão criadas unidades de ensino estruturado para as perturbações do
espectro autista e unidades de apoio especializado para a educação de alunos
com multideficiência e surdocegueira congénita.

A especificação das dificuldades de aprendizagem a apoiar fica-se por aqui,
o que leva Luís Miranda Correia a declarar que "mais de 90% das dificuldades
estão à margem desta legislação". Isto é, não há referências aos alunos com
dificuldades intelectuais (deficiência mental), com dificuldades de
aprendizagem específicas (como acontece com a dislexia), com perturbações
emocionais e do comportamento grave, ou com problemas de comunicação.
Fernando Magalhães como que decalca esta mesma ideia. "São excluídas das
escolas de referência ou das unidades de ensino e de apoio nelas previstas
as respostas específicas para as perturbações do desenvolvimento, a
deficiência mental e as perturbações da personalidade e do comportamento",
enumera.

A falta de resposta precoce a estes casos não tipificados na lei leva, no
entender de Miranda Correia, a aumentar o número das crianças "frustradas,
tensas e ansiosas".

O investigador antecipa desfechos: "São crianças com o futuro hipotecado e
caracterizadas por um percurso de abandono escolar." No que é corroborado
por David Rodrigues. "Tememos que muitos alunos com dificuldades, ao
ser-lhes barrado o acesso a um apoio especializado, engrossem as nossas
tristes estatísticas de insucesso e abandono escolar", adianta o presidente
do Fórum de Estudos de Educação Inclusiva.

Com todas as energias direccionadas para a recente legislação, o Ministério
da Educação vai atingindo as metas definidas até ao objectivo final, o de
concretizar a escola inclusiva até 2013. A formação de professores é uma das
metas da lista de tarefas. Durante os meses de Março a Maio a aposta é na
formação. O que suscita as críticas de David Rodrigues. "Precisamos de
melhorar a política de formação em serviço e não de fazer 'lambuzadelas' de
30 horas de formação", comenta.

Escolas preparam alterações, pais receiam mudanças
Entretanto, e antes mesmo da publicação do decreto-lei, desde o início do
ano lectivo que as escolas se têm vindo a preparar para as mudanças
organizacionais. Para lá das escolas de referência, a lei estipula uma nova
forma de apoios, que assenta na criação de unidades de apoio especializado,
que "concentram alunos de um ou mais concelhos, em função da sua localização
e rede de transportes existentes". O agrupamento de escolas de Vouzela é um
dos que, no terreno, têm desenvolvido acções concretas para se adaptar ao
novo esquema de funcionamento. O agrupamento tem ao seu serviço um professor
do ensino especial e uma equipa de apoios educativos e prepara-se para
elaborar uma candidatura a escola de referência. Como avançou Raquel
Ferreira ao EDUCARE.PT, o agrupamento aproveitou, também, as directivas da
actual legislação para celebrar protocolos de colaboração e parcerias com
instituições privadas e públicas da região para prestação de serviços na
área da educação especial.

Os exemplos de boas práticas que se vão fazendo ouvir não chegam, no
entanto, para acalmar a plataforma de pais. A "falta de condições no
terreno" é um dos motivos cimeiros para a contestação à actual lei. Esta e a
"regressão" que a transferência para o ensino regular pode provocar nas
crianças são as causas que levaram os pais a pedir audiências ao Ministério
e a trazer o caso para a discussão pública. Fernando Magalhães não condena
os ideias de inclusão invocados na lei. "Todos os dias, quando vamos ao
supermercado com os nossos filhos ou quando os metemos nos autocarros
sozinhos estamos a lutar pela inclusão", argumenta. Mas os pais temem as
consequências que a alteração possa provocar no equilíbrio emocional e no
desenvolvimento dos filhos.

15 fevereiro 2008

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA - "SURDOS desenham CARNAVAL"

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA - "SURDOS desenham CARNAVAL"

Casa Civil do Presidente da República

Exmo. Senhor
Francisco Goulão

Endereço Electrónico:
fragoulao@mail.telepac.pt

Tenho a honra de acusar a recepção do e-mail de V. Exa., datado de 26 de Janeiro de 2008, dirigido a Sua Excelência o Presidente da República, enviando um bonito desenho do Carnaval elaborado pelos alunos de V. Exa.

Cumprimentando-o pelo trabalho da turma, apresento a V.Exa. os melhores cumprimentos

O ASSESSOR PARA OS ASSUNTOS SOCIAIS

David Justino

"PORTO"



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Francisco Goulão
(Surdo e Professor de Surdos)

OPOSIÇÃO ACUSA GOVERNO DE DESINVESTIR NO ENSINO ESPECIAL

Oposição acusa Governo de desinvestir no ensino especial
A oposição, em bloco, acusou hoje, no Parlamento, o Governo de desinvestir no ensino especial e de colocar fora do sistema de apoios especializados milhares de crianças - posições contestadas pelo secretário de Estado da Educação, Valter Lemos.

O tema do ensino especial foi levado ao plenário da Assembleia da República pelas bancadas do PSD, CDS-PP e PCP, que pediram a apreciação parlamentar do decreto do Governo que alterou os apoios especializados na educação pré-escolar, básica e secundária.

Por parte da bancada do PSD, a deputada Helena Lopes da Costa considerou que as mudanças introduzidas pelo executivo no Ensino Especial constituem «uma das medidas mais negras deste Governo».

O seu colega de bancada Pedro Duarte disse que as alterações feitas pelo executivo deixam de fora «alunos com dislexia, com dificuldades de aprendizagem específica, alunos com problemas de comunicação, linguagem e fala, alunos com distúrbios de comportamento, alunos sobredotados, ou alunos com deficiência mental moderada ou ligeira».

PSD, CDS, PCP e Bloco de Esquerda afirmaram que casos como esses passam da educação especial para o âmbito dos apoios educativos a cargo de professores sem especialização, nem formação específica.

Os deputados João Oliveira (PCP) e Ana Drago (Bloco de Esquerda) acusaram o Governo de ter adoptado estas medidas «por critérios economicistas» e visando reduzir o número de alunos que frequentam o ensino especial.

Na resposta a estas críticas, o secretário de Estado da Educação acusou a oposição de «agitar fantasmas» e negou que o Governo tenha objectivos económicos com a adopção do decreto lei, defendendo que o anterior sistema «não permitiu formar professores especializados» [no ensino especial] com a intensidade suficiente.

Segundo Valter Lemos, na educação especial estão neste momento envolvidos 5861 docentes, tendo havido um aumento de 77 por cento no número de técnicos especializados em funções.

O membro do Governo referiu que há 3500 professores especializados e que os restantes terão formação no próximo ano lectivo, processo que será feito em colaboração com instituições do Ensino Superior.

Perante estas posições de Valter Lemos, o deputado do CDS José Paulo Carvalho lamentou «a falta de abertura do Governo» para uma solução consensual no Ensino Especial.

«Neste debate, o CDS apresentou propostas e sugestões, mas o secretário de Estado não percebeu. Esta equipa ministerial da Educação já não tem capacidade para entender e só acerta quando rectifica a reboque da oposição», declarou.

O debate ficou ainda marcado por uma dura troca de palavras entre o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, e o presidente do CDS, Paulo Portas.

Augusto Santos Silva deixou um apelo às bancadas do PSD, PCP e BE para abandonarem a «demagogia» e colaborarem com o executivo no aperfeiçoamento de uma «escola inclusiva» em Portugal.

O ministro dos Assuntos Parlamentares referiu que deixava de fora o CDS desse convite, acusando o presidente deste partido, Paulo Portas, de defender uma escola «segregacionista».

Paulo Portas pediu a defesa da honra da bancada, classificando de «lamentável» a acusação do membro do Governo.

«Está a fazer uma confusão intelectual deliberada, porque [em debate na Assembleia da República] apenas critiquei a confusão que o Governo faz entre igualdade de oportunidades e nivelamento dos alunos pela mediocridade», respondeu o líder do CDS.

Augusto Santos Silva insistiu depois que Paulo Portas acusou a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, de ter «uma concepção marxista por defender a escola inclusiva» e que tem uma perspectiva «segregacionista» do ensino ao defender «uma escola elitista».

Diário Digital / Lusa

15-02-2008 15:00:00

"PORTO"



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GOVERNO TIRA DEFICIENTES DO ENSINO ESPECIAL

GOVERNO TIRA DEFICIENTES DO ENSINO ESPECIAL

CARLA AGUIAR

DIÁRIO DE NOTÍCIAS

SOCIEDADE

15/2/2008


Cegos e surdos mantêm-se no ensino específico

O Ministério da Educação está já a rejeitar o encaminhamento de alunos com deficiências várias para as escolas de ensino especial, pondo assim um ponto final no financiamento integral à permanência destas crianças em colégios especializados. Caso os pais insistam em colocar no ensino especial os seus filhos - que não encaixem na nova definição restritiva de deficiência - terão de pagar do seu próprio bolso mensalidades que rondam em média os 360 euros mensais.

A nova orientação, que, segundo o DN apurou, está a ser seguida, nomeadamente pela Direcção Regional de Ensino de Lisboa (DREL), decorre da aplicação da nova lei, em vigor deste Janeiro, que redefine os apoios especializados a prestar a crianças com necessidades educativas especiais permanentes.

A ideia central do novo diploma é fomentar a integração das crianças com certas deficiências nas escolas do ensino regular, onde poderão receber pontualmente apoio educativo especial, assegurado por professores com formação específica.

Para o chamado ensino especial só serão encaminhados os alunos com deficiências particulares, de acordo com uma definição ambígua, que muitos professores consideram de difícil compreensão: "Alunos com limitações significativas ao nível da actividade e da participação num ou vários domínios da vida decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de caracter permanente ."

Acontece que, como disseram ao DN pais e professores de ensino especial, crianças com síndrome de Dawn, paralisia cerebral ou défices cognitivos passarão a estar integrados no ensino regular. O mesmo não acontecerá com crianças, surdas, cegas ou autistas.

Por tudo isto, mas não só, a reforma do ensino especial está a gerar fortes protestos. Tanto os pais de alunos com deficiência como os colégios de ensino especial e os próprios professores do ensino regular manifestam receios de que a pretensa inclusão dos alunos com deficiência possa, afinal, resultar em exclusão.

Para chamar a atenção para estes problemas acabou de ser constituído um movimento, a Plataforma de Pais pelo Ensino Especial, que critica o facto de na nova definição de deficiência que requer ensino especial "não estarem previstas as perturbações do desenvolvimento, a deficiência mental e as perturbações da personalidade e do comportamento".

" Isto é preocupante, pois quase todos os pais que tiveram os seus filhos no ensino regular perceberam que, por falta de apoio específico, eles não progrediram", disse ao DN Fátima Quintas, um dos membros daquele movimento. E aponta o caso de uma menina com um défice cognitivo, cuja idade não corresponde à idade mental, que foi ficando no ensino regular até à 4ª classe, mas começou a regredir e a sentir-se infeliz, pois ninguém queria brincar com ela.

O sentimento de exclusão que pode acontecer numa escola normal é também apontado pela psicóloga do Externato Alfredo Binet, Teresa Leitão: "Aqui ninguém se sente burro, nem diferente, eles sentem-se felizes com as suas pequenas conquistas."

A directora do externato vocacionado para o ensino especial, com 135 alunos, Fernanda Martins refere ainda que "aqui preocupamo-nos não só com o apoio ao desenvolvimento dos alunos, em turmas que não vão além dos 11, mas também em prepará-los para uma autonomia, através de estágios profissionais".

Com a nova lei, aquele colégio, que só tem alunos integralmente financiados pelo Estado, vai encarar problemas de sobrevivência. "Dizem-nos para nos adaptarmos em centros de recursos, mas isto não é assim, pois estamos num espaço alugado que não está adaptado para todo o tipo de deficiências, nem o pessoal está especializado para tal", observa Fernanda Martins.

Também os professores do ensino regular, com a área da deficiência, têm sérias reservas quanto às vantagens do novo modelo: "Esta reforma vai sobretudo limitar o número de alunos a ser apoiado pelo ensino especial", disse ao DN um professor da Escola Marquesa de Alorna. "Somos nós que temos de classificar os alunos, de acordo com uma classificação internacional de funcionalidades, que, para além de não ser adequada, ninguém percebe", sublinhou.

CATÓLICOS SURDOS PEREGRINAM A ROMA

Católicos surdos peregrinam a Roma


A Fundação Católica Internacional da Pastoral das Pessoas Surdas organiza a primeira peregrinação a Roma, que tem como fim que “os surdos católicos celebrem a sua fé, unidos ao Santo Padre em comunhão” com outros irmãos que têm esta mesma deficiência, provenientes “de todo o mundo”.

O evento tem lugar nos dias 25 e 26 de Junho e é dirigido a pessoas surdas, familiares, amigos, e todos aqueles que queiram compartilhar esta iniciativa, informou a organização a que preside o Arcebispo do Liverpool, D. Patrick Altham Kelly.

Entre as actividades que se realizarão estão a participação na audiência geral com o Papa e a realização de um Congresso para pessoas surdas e Comissões de Pastoral da Comunidade Surda.

Redacção/ACI

10 fevereiro 2008

"PORTO"



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Comentário 53

Anónimo tatiana disse...

Ola eu sou a Tatiana e adorava trabalhar com surdos e mudos!! Estou a tirar o curso de Animador Sociocultural!!! Gostava de aprender a vossa linguagem par poder trabalhar com voces mas nos Açores não ha cursos. Espero por uma resposta

10 Fevereiro, 2008 16:04

06 fevereiro 2008

"PORTO"


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